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Apesar das diretrizes traçadas na Conferência de Anápolis, realizada nos Estados Unidos, em novembro passado, as frágeis negociações do Premier israelense, Ehud Olmert, com o Presidente palestino, Mahmoud Abbas, são consideradas praticamente virtuais por analistas.
Enfraquecidos internamente, os dois parecem estar longe de apresentar propostas concretas, que viabilizem a criação de um Estado palestino. Para muitos, o processo de paz nunca esteve tão estagnado.
Além de irritar a comunidade internacional, ao prometer congelar a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia e, ao mesmo tempo, autorizar centenas de novas unidades habitacionais, Olmert tem pela frente a Justiça.
Investigado em cinco casos de corrupção, o Premier corre o risco de ser julgado sob suspeita de ter recebido milhões de dólares ilegalmente de um empresário americano, quando era Prefeito de Jerusalém, nos anos 90. A frágil coalizão que o sustenta tem hoje só 62 membros, num Parlamento de 120.
Segundo o historiador e ex-Vice-Prefeito de Jerusalém, Meron Benvenisti, o processo de paz iniciado pelo Premier Itzhak Rabin, como também pelo líder palestino Yasser Arafat, em Madrid, em 1991, e selado em Oslo, em 1994, foi o mais próximo que se chegou da paz.
Saiba mais no jornal O Globo, edição de 08/05/2008.
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