O Ministério da Fazenda adotou como estratégia fazer desonerações tributárias para ajudar a conter as pressões inflacionárias.
Aproveitando os sucessivos recordes de arrecadação, só nos últimos 15 dias, o Governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), sobre a venda de combustíveis, e isentar três itens ligados à cadeia do trigo.
Com isso, os cofres da União deixam de receber R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões são da redução da Cide para a gasolina e o diesel, e outros R$ 550 milhões, das medidas voltadas para o trigo.
Alguns especialistas apontam que o efeito é pontual, enquanto outros afirmam que as medidas são inócuas.
Segundo o economista e especialista em inflação, Luís Otávio Leal, do Banco ABC Brasil, a estratégia da Fazenda representa um reforço para o Banco Central na política monetária, mas tem efeitos pontuais.
Já na opinião do economista Salomão Quadros, da Fundação Getulio Vargas, o corte de tributo funciona melhor no caso da gasolina, pois o preço do produto é tabelado e a produção está concentrada na Petrobras.
No caso do trigo, um produto de mercado, ele acredita que qualquer novo aumento será imediatamente repassado ao varejo. Já os ganhos com corte de impostos, dificilmente chegarão aos consumidores, acredita.
Segundo técnicos do Governo, ainda há produtos que preocupam pela questão da inflação, como aço, ferro, carne e soja. Mas não há muito espaço para desonerações nessas áreas.
No caso de aço e ferro, a inflação vem do mercado internacional, com a grande demanda chinesa.
Na opinião do Secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Nelson Barbosa, o mundo está passando por uma tsunami inflacionária, mas o Brasil vai conseguir atravessá-la.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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