terça-feira, 13 de maio de 2008

Betabloqueadores

De acordo com estudo publicado na revista The Lancet, pelo menos 800 mil mortes podem ter ocorrido em todo o mundo na última década, devido ao uso de drogas receitadas rotineiramente para prevenir ataques cardíacos em indivíduos submetidos a cirurgias.

O risco de derrames e acidentes vasculares cerebrais aumenta com o uso de betabloqueadores.

Segundo o cardiologista Philip Devereaux, líder do estudo, o corpo pode entrar em estado de choque depois de uma cirurgia, quando a pressão arterial cai e, com o uso de medicamentos betabloqueadores, ter seu efeito piorado.

Devereaux, durante a pesquisa, chega a comparar o número de mortes pelo uso da droga com o índice alcançado por uma guerra mundial. Ele sugere que os pacientes que já tomam betabloqueadores para tratar problemas cardíacos, deveriam continuar administrando-os na cirurgia. Já os que não sofrem de doenças cardíacas, deve administrar a droga em baixas doses, começando uma semana antes da operação.

Apesar dos dados divulgados na pequisa, as recomendações do American College of Cardiology, publicadas em 1996, e seguidas mundialmente, é de que esses medicamentos devem ser usados em todas as operações não cardíacas.

Há especialistas, como Lee Fleisher, professor da Universidade da Pennsylvania, que discordam da relevância do estudo. Segundo ele, o número de mortes apontado no estudo é "superestimado".

Leia mais sobre o assunto no jornal O Globo, edição de 13/05/2008.

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