Em seu blog na Internet, o ex-Governador do Ceará, Lúcio Alcântara, chamou a atenção para a mudança do panorama das doenças ao longo dos séculos. Enquanto algumas são controladas e até extintas, graças ao avanço da ciência, outras que pareciam ser apenas lembranças remotas, como a tuberculose e a sífilis, voltam a preocupar.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um dos países com mais casos de tuberculose no mundo. 80% dos casos estão concentrados em 22 países. O Brasil ocupa a 16 ª posição, com 80 mil novos casos notificados todos os anos, resultando em cerca de cinco mil óbitos. O Diretor do Departamento de Combate à Tuberculose da OMS, Mario Raviglione, considera injustificável a situação no Brasil, que não cumpriu, ainda, a meta de cura de 85% dos casos da doença, ficando atrás da Índia, Congo e China nesse quesito.
A situação é gravíssima. Considerando que há um século conhecemos o agente causador, que há métodos de diagnóstico e que a doença é tratável, por que temos 5 mil mortos por ano? Isso é um absurdo.
Hoje, 24 de março, Dia Mundial de luta contra a doença, está sendo lançada a campanha Brasil Livre da Tuberculose.
Já é um bom começo, afinal, um diagnóstico rápido e tratamento correto são as principais formas de prevenção. Uma pessoa com tuberculose pode contaminar de dez a 15 pessoas por ano, se estiver sem o tratamento. Mas com o tratamento, de 15 a 30 dias, a doença deixa de ser transmitida.
Como bem concluiu o médico Lúcio Alcântara, por mais que pareça, com relação às doenças, a guerra nunca está ganha. Há, sempre, desafios novos. Ou velhos, renovados.
segunda-feira, 24 de março de 2008
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