sexta-feira, 28 de março de 2008

Freqüência na escola

Embora a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) tenha mostrado avanço nos índices de escolaridade nos últimos anos, o Brasil ainda tem 14 milhões de crianças e adolescentes, com até 17 anos, sem freqüentar a escola. O dado representa 24,2% do total.

Segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2004, o índice era de 26,2%. Desse total, 82,4% tinham até seis anos de idade. O percentual da faixa de 7 a 14 anos era de 4,6% enquanto 13% tinham de 15 a 17 anos.

Outro dado observado pela pesquisa mostra que a taxa de escolarização feminina superou a masculina, nas três faixas etárias em que as crianças e adolescentes deveriam estar cursando o pré-escolar e os ensinos fundamental e médio. Para crianças de 0 a 3 anos, no entanto, a taxa de freqüência é maior entre os meninos (16,1%) do que entre as meninas (14,8%).

De acordo com o levantamento do IBGE, quanto maior o rendimento médio per capita domiciliar, maior é a taxa de freqüência escolar. E a rede pública é a mais usada, com 83,6% dos que freqüentam a escola.

O índice de freqüência na rede pública é de 57,7% na creche, 73,5%, na pré-escola, 87,8% no ensino fundamental e 80,4% no ensino médio.

Na rede particular, o comportamento é diferente e o índice de freqüência é menor do que na rede pública. Freqüentavam a creche 42,3%, a pré-escola 26,5%, o ensino fundamental 12,2% e o médio 19,6%.

Enquanto na rede pública 45,8% faltaram à escola nos 60 dias anteriores à data da pesquisa, na rede particular, o índice era de 40,3%. Entre os motivos mais declarados para justificar a ausência, a doença foi citada por 59,6%. O segundo motivo mais citado foi vontade própria ou dos pais ou responsáveis, com 16%.

Na rede pública, 10,2% justificam faltas por não ter transporte escolar, devido à distância para o colégio ou não ter quem os levasse ou por falta de professor ou greve. Na rede particular, estes motivos foram citados por apenas 3,6% das pessoas.

De acordo com o IBGE, um dos fatores que pode ter contribuído para esta proporção foi o rendimento médio domiciliar per capita, menor naqueles que freqüentam a rede pública.

Foram pesquisados 145.547 domicílios, que viviam 410.241 pessoas, em 851 municípios do País, no ano de 2006.

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