quinta-feira, 27 de março de 2008

Portos

O Presidente do Conselho da Santos Brasil e da Multiterminais, Richard Klien, afirmou nesta terça-feira, 25, que não haverá um apagão portuário no Brasil.

Segundo ele, ocorrerá um círculo virtuoso, que vai assegurar o crescimento dos portos e das exportações brasileiras.

Richard Klien fez a afirmação durante o Seminário Legislativo de Portos, Integração Multimodal e Comércio Exterior, promovido pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal e pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes(Dnit).

O evento foi uma homenagem aos 200 anos da abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional, provocada pela vinda da família real portuguesa para o Brasil.

O Presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público(Abratec), Sérgio Salomão, informou que o setor privado investirá, até 2010, 250 milhões de dólares, cerca de R$ 433 milhões, na construção de cinco quilômetros de berços de atracação - locais de atracação e de movimentação das cargas a serem embarcadas e descarregadas.

Ele elogiou o Congresso Nacional por aprovar alterações na Lei de Modernização de Portos (Lei 8.630/93), que, segundo o mesmo, inseriu o Brasil no grande comércio marítimo internacional.

Para o consultor de Logística e Infra-estrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet, o terminal de grãos do Maranhão, cujo projeto está pronto há três anos, aliviará os portos do sul do País. Hoje, segundo ele, 3 milhões de toneladas de grãos são transportados por rodovias para os portos do sul, que estão congestionados. O consultor destacou serem necessários R$ 100 milhões para a primeira etapa da obra.

Já o Diretor de Infra-estrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Michel Dib Tachy, destacou a importância das hidrovias para o crescimento das exportações. Segundo ele, na hidrovia Tocantins-Araguaia são utilizados apenas 280 quilômetros para navegação, quando há um potencial de até 4 mil quilômetros. Ao ressaltar que as hidrelétricas que não possuem eclusas prejudicam a navegação, ele afirmou que o Governo está investindo na construção de eclusas nas já existentes, como em Tucuruí. Além disso, segundo ele, o Governo está recuperando o rio São Francisco, para também possibilitar a navegação.

O Diretor Geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, afirmou que, no Brasil, não se pensa hoje em realizar obras de hidrelétricas sem as devidas eclusas. Segundo ele, o País precisa não só da produção da energia, mas também da garantia da navegabilidade das hidrovias.

O Vice-Presidente da Câmara Brasileira de Contêineres e representante da Confederação Nacional de Transportes(CNT), Aluisio Sobreira, que também participou do evento, cobrou, no entanto, investimentos do Governo Federal para melhorar as rodovias. Ele alega que o setor privado tem feito grandes investimentos em estradas, enquanto o Governo tem investido muito pouco no setor.

Nenhum comentário: