O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a Argentina neste sábado, 23, sem atender aos apelos do País vizinho para que o Brasil reduzisse parte de suas compras de gás da Bolívia em favor do mercado argentino.
Em reunião com os colegas Cristina Kirchner e Evo Morales, Lula conseguiu tirar o gás da agenda trilateral de curto prazo, defendeu uma política de solidariedade energética na região e, para compensar a frustração da Presidente argentina, acenou com a possibilidade de transferir energia elétrica, algo em torno de 200 megawatts/hora, se houver disponibilidade.
A decepção foi evidente não só no caso dos argentinos, que pediram um milhão de metros cúbicos diários de gás mais energia elétrica, mas também entre os bolivianos, que foram a Buenos Aires a convite da Argentina, para tentar convencer o Brasil a ceder parte de suas importações.
Os presidentes criaram uma comissão tripartite, formada pelos seus respectivos ministros de Minas e Energia. A idéia é discutir as dificuldades e encontrar soluções, de médio e longo prazos, para distribuição de gás e expansão da oferta de outras fontes de energia.
O Presidente brasileiro argumentou que as economias estão crescendo - 8% a Argentina, 5% o Brasil e 4,5% a Bolívia. Assim, todos precisarão de energia. Ele afirmou ter sido informado por Morales de que os bolivianos poderão, a médio prazo, atender a brasileiros e argentinos. Fontes do Governo desconfiam dessa garantia.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
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