
No local ficava a antiga sacristia da igreja de Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro, e até 1822 funcionou no lugar o cemitério das Irmãs Concepcionistas, que vivem na clausura dentro do Mosteiro. As múmias seriam, portanto, anteriores a esse período.
Uma das múmias está com as mãos unidas, e a outra, com a cabeça encostada no ombro da primeira, conta, emocionada, a Diretora-Executiva do Museu, Mari Marino.
Segundo Mari, os corpos estavam enterrados em um carneiro, que são tumbas construídas na parede, fechadas com taipas, e estão bem conservados. Não havia caixão. As duas estão deitadas na terra e tinham marca de coroa no crânio, até hoje é um hábito das irmãs serem enterradas com uma coroa de flores.
Um dos motivos da conservação pode ter sido a quantidade de argila e cal misturada à terra quando o Mosteiro foi restaurado. Arqueólogos dizem que a mumificação natural acontece em lugares secos, onde a falta de água impede a ação de enzimas e bactérias.
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