O brasileiro está ficando mais tempo na escola. Este é o resultado que observamos na recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2007), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O tempo médio total de estudo entre os que têm mais de 10 anos de idade, passou de 6,8 anos para 6,9 no País, mas é possível observar variações maiores conforme a idade, em especial quando as pessoas entram no mercado de trabalho, e a freqüência passa a 7,7 anos.
Apesar disso, o analfabetismo cai a passos lentos, de 10,4% em 2006 para 10% da população com mais de 15 anos em 2007.
De acordo com a pesquisa, o número de estudantes no ensino superior cresceu 4,3% em relação ao ano anterior, comportamento já observado no ano anterior, cuja taxa de crescimento em relação a 2005 foi de 13,2%.
Nas faixas etárias de 18 ou 19 anos, 20 a 24 anos e 25 a 29 anos, o tempo médio de estudo era, em 2007, de 8,8 anos, 9,3 anos e 8,9 anos, respectivamente, contra 8,7, 9,1 e 8,7 anos. O número era ainda maior para as mulheres com estas idades, em 2007, 9,2 anos de estudo, 9,7 e 9,3.
No que se refere à idade, a menor taxa de analfabetismo foi observada no grupo de 15 a 17 anos de idade, 1,7%; e, a maior (12,5%), entre aqueles com 25 anos ou mais de idade.
Na análise regional, as diferenças sobressaíram-se quando da comparação dos dados das regiões Norte e Nordeste com os das Regiões Sul e Sudeste. Nas duas primeiras regiões, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, foi de 10,8% e 19,9%, respectivamente, enquanto no Sul e Sudeste, de 5,4% e 5,7%, nessa ordem.
A Pnad 2007 mostra que houve uma redução de 0,5% do número total de estudantes em 2007, em relação ao ano de 2006, que é atribuída à variação demográfica. Em 2007, do total de pessoas com 4 anos ou mais de idade no Brasil (179 milhões), cerca de 56,3 milhões eram estudantes. Desse total, 7,9% estavam cursando o ensino pré-escolar (maternal, jardim de infância, etc.); 63,0%, o ensino fundamental e alfabetização; 16,6%, o ensino médio e 10,9%, o ensino superior.
Apesar do envelhecimento afetar a quantidade de estudantes na escola, há destaque para o crescimento nos grupos de 4 a 5 anos, em especial na região Norte, que é a região mais jovem. Nos grupos de idade de 4 ou 5 anos e de 6 a 14 anos, os percentuais de freqüência à escola foram de 70,1% e 97,0%, respectivamente: 2,5 pontos percentuais na comparação de 2007 em relação ao ano de 2006. A Região Norte foi a que teve maior elevação desse percentual, passando de 54,6%, em 2006, para 59,7%, em 2007.
Vale observar que a rede pública responde por 79,2% de atendimento aos que freqüentavam a escola. Quando o assunto é alfabetização, essa cobertura é de 87,9%. No ensino superior, 76% estão na rede particular.
domingo, 21 de setembro de 2008
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