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Com menos acesso a todos os níveis de ensino, quando chegam ao mercado, os trabalhadores pretos e pardos ganham em torno de 50% a menos que os brancos.
Mas o déficit educacional não é a única explicação para a desvantagem salarial, já que mesmo dentro dos grupos de mesma escolaridade, o rendimento-hora dos brancos é até 40% mais elevado.
Os dados foram apresentados no documento Síntese de Indicadores Sociais, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano passado (Pnad 2007).
Segundo o estudo, entre a fatia dos 10% mais pobres da população, a participação de pretos e pardos, no rendimento total das famílias, é imensamente superior à dos brancos, 73,9% contra 25,5%. Já entre o 1% mais rico, a tendência se inverte, 86,3% de brancos, 12% de pretos/pardos.
Na distribuição da população por cor ou raça, segundo o rendimento, há uma diminuição sistemática do percentual de pretos e pardos à medida que aumenta a faixa salarial. No estrato mais pobre da população, aparecem 14,6% de pretos ou pardos, contra 5,4%. Já na camada mais rica, os brancos representam 15,8%, contra 4,1% de pretos e pardos.
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