Nos últimos três anos, o número de acidentes aéreos registrados no País está crescendo.
Em 2005, foram registrados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa), 58 acidentes. Em 2006, o número subiu para 66. 2007 registrou o maior número dos últimos dez anos, 97 acidentes.
O Brigadeiro Jorge Kersul Filho, que comanda o Cenipa, disse que aeronaves pequenas são as que mais se envolvem com acidentes. Os helicópteros representaram quase 20% dos acidentes do ano passado.
Nos últimos 10 anos, segundo o Cenipa, pelo menos 991 pessoas morreram em acidentes aéreos no País. Desse total, quase a metade das vítimas (48,9%) morreram entre 2006 e 2007, a maioria em decorrência dos acidentes com vôos da Gol e da TAM, que tiveram 154 e 199 vítimas, respectivamente. Ao todo, foram 654 acidentes nesse período, sendo 255 com vítimas fatais.
A categoria aviação geral, que exclui os vôos comerciais, concentra 41,1% dos acidentes, seguida por táxi aéreo, com 24%; agrícola, com 13,9%; e serviços de instrução, com 10,2%. Os vôos comerciais representam 4,3% dos acidentes, seguido por vôos de segurança pública, 4%, publicidade, 2,1% e 0,5% que não são aviões regulares.
Entre os fatores que mais contribuíram para acidentes, nos últimos 10 anos, estão erros de julgamento, seja de comandantes ou controladores, que aparecem em 52,7% dos acidentes analisados; seguidos por problemas de supervisão (48,7%); aspectos psicológicos, que afetariam o desempenho do profissional (44,5%); planejamento de vôo, que inclui a revisão da aeronave (43%), e indisciplina em vôo (25,9%).
As falhas mecânicas também são motivo de preocupação, já que a incidência desse tipo de ocorrência vem aumentando desde 2004. No ano passado, nos 35 acidentes de aviação geral, 31,4% tiveram ocorrência de falha mecânica. Em 2006, esse percentual foi de 30,4%. Nos anos anteriores, eles não passavam de 29%.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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