O documento Síntese de Indicadores Sociais elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2007), mostra que há, no Brasil, muito mais mulheres do que homens na terceira idade.
Segundo o estudo, para cada grupo de 100 idosas, a partir dos 60 anos, havia apenas 79 idosos.
E a desigualdade só aumenta com o passar do tempo. A partir dos 70 anos, a proporção é de 72 homens para 100 mulheres. Nessa faixa etária, a diferença é ainda maior nas regiões Norte, Nordeste e Sul, onde para cada centena de idosas existe menos de 50 homens.
A Pnad 2007 revelou que o Brasil possui quase 20 milhões de idosos, o que corresponde a 10,5% da população.
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro hoje é de 72,7 anos, um aumento de 3,4 anos em relação ao índice de 1997. Nesse quesito, as mulheres também se destacam, com expectativa de viver 76,5 anos, contra 69 anos dos homens.
O documento mostra que a redução das taxas de mortalidade e o aumento da expectativa de vida, especialmente para as mulheres, contribuíram para o crescimento da proporção de pessoas, que moram sozinhas no País (de 8,3% em 1997 para 11,1% ano passado). De acordo com o levantamento, 40,8% dos 6,7 milhões de brasileiros, enquadrados na categoria arranjo familiar unipessoal, são formados por pessoas com mais de 60 anos.
A Síntese aponta ainda que os idosos contribuem de maneira decisiva para o orçamento da maior parte das famílias brasileiras. Em 53% dos domicílios do País, a contribuição dos idosos, com 60 anos ou mais, representa mais da metade do total da renda domiciliar.
A situação é mais flagrante no Nordeste, onde em 63,5% dos domicílios os idosos representam mais da metade da renda. Esse percentual era de 59,8% em 1997.
No Sudeste, em apenas 46,9% dos domicílios, a renda dos idosos representa mais da metade da renda familiar, contra 40,2% em 1997.
A seguir vem o Centro-Oeste, onde o percentual de lares em que a renda do idoso representa mais da metade da renda familiar, pulou de 43,2% em 1997 para 47,5% no ano passado.
No Sul, o avanço deste indicador foi de 44,5% em 1997 para 52,2% no ano passado, enquanto no Norte, os idosos respondiam por mais da metade da renda em 52,3% no ano passado, contra 45,4% em 1997.
Na área rural, o nível de contribuição das pessoas de 60 anos ou mais de idade, no orçamento familiar, é ainda mais relevante. Em 67,3% dos domicílios da área rural, os idosos tinham participação superior a 50% da renda no ano passado.
sábado, 4 de outubro de 2008
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