segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Língua

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, cujo Decreto com o estabelecimento do cronograma de implantação foi assinado, há pouco, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia na Academia Brasileira de Letras, começa a valer no dia 1.º de janeiro de 2009.

Este Acordo vem, em tese, para facilitar o intercâmbio entre os oito integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A reforma é uma tentativa de aproximar a forma escrita da língua nos oito países que falam português: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal. Serão atingidos 210 milhões de pessoas.

Assinado em 1991, o texto foi aprovado em 1995 pelo Congresso Nacional (CN). Nesse período, também foi ratificado pelos demais países, com exceção de Portugal, que o aprovou somente em 2007.

A partir de 2009 até o fim de 2012, haverá um período de transição, durante o qual valem tanto a ortografia atual quanto a nova. O Ministério da Educação determinou que a nova ortografia seja obrigatória nos livros escolares a partir de 2010.

O Acordo prevê 20 mudanças no idioma, como fim do trema, novas regras para o uso do hífen e inclusão das letras w, k e y no alfabeto. As mudanças para os brasileiros deverão atingir apenas 2% da escrita. A reforma só atinge acentos e letras. As letras K, W e Y voltam ao abecedário. Mas o trema desaparece. O hífen terá suas regras modificadas. Ele some quando o segundo elemento da palavra começar com ‘s’ ou ‘r’. Se o prefixo terminar em ‘r’, o hífen é mantido.

A acentuação de algumas paroxítonas também muda. Nelas, os ditongos éi e ói perdem o acento, que continua nos monossílabos tônicos e nas oxítonas. Também caem os acentos diferenciais em pêlo, pélo, pára e pólo, entre outras mudanças.

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