A crescente concorrência de bancos e financeiras do setor privado, além da criação do Banco do Sul, que surge como mais uma opção de créditos para os governos da América Latina, está obrigando o Banco Mundial (Bird) a adotar uma nova política para região a partir de 2008.
A entidade vai cobrar juros mais baixos e será mais pragmática e menos ideológica na hora de considerar os pedidos, informou a vice-presidente do Bird para a América Latina, Pamela Cox. Ao dizer isso, ela, curiosamente, utilizou uma frase do falecido líder comunista chinês Mao Tsé Tung, para explicar a nova mentalidade que está sendo implantada.
- Como dizia Mao, não importa se o gato é preto ou branco, desde que ele consiga caçar ratos.
Pamela afirmou que o Bird tratará de ter um papel mais ativo na América Latina, com US$8 bilhões para serem emprestados à região em 2008. Desse total, US$3 bilhões serão repassados pela International Finance Corporation (IFC), agência do Bird que lida apenas com o setor privado.
A vice-presidente reafirmou que o Banco dará maior atenção aos países de renda média, como o Brasil. Não haverá mais um teto específico de empréstimo para os países. O volume vai depender da classificação de risco. Os mais confiáveis poderão pleitear créditos mais elevados.
Pamela disse que o surgimento do Banco do Sul é bem-vindo, pois um pouco de competição é sempre bom para todos.
A executiva disse que há três desafios prioritários para a América Latina se tornar competitiva: educação; pesquisa e desenvolvimento; e o custo de se fazerem negócios, que só não é mais alto do que na África.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
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