terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Diferença genética?

Estudo divulgado na segunda-feira, 10, por um grupo de antropólogos biológicos das universidades americanas de Utah e Wisconsin-Madison, sustenta que os seres humanos estão evoluindo num ritmo 100 vezes mais acelerado do que o natural e que tal tendência estaria impondo uma diferença genética significativa entre continentes.

Especialistas temem que, ao reforçar o conceito de diversificação genética por região, a pesquisa embase teorias racistas.

Publicado na prestigiada Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo estima que nos últimos 5 mil anos a seleção natural ocorreu 100 vezes mais depressa do que em qualquer outro período. Segundo os pesquisadores, a maioria dos novos ajustes genéticos incorporados nesse período estaria relacionada a alterações na dieta, por conta do advento da agricultura, e à resistência crescente a doenças epidêmicas, que se tornaram devastadoras com o crescimento das civilizações.

A evolução é tão acelerada, sustentam os antropólogos, que o homem atual seria geneticamente mais diferente dos seres humanos de cinco mil anos atrás do que estes em relação aos neandertais, de uma espécie distinta. Tal velocidade seria imposta pelo aumento da população de alguns poucos milhões para bilhões nos últimos dez mil anos.

No ponto mais polêmico, os especialistas sustentam que, por conta dessas mutações adaptativas, os seres humanos estão se diferenciando cada vez mais. As teorias mais aceitas atualmente indicam o oposto.

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