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A matéria, aprovada na forma de um projeto de lei de conversão, permite ao Poder Executivo estabelecer alíquota específica mínima por produto, marca de produto ou tipo de embalagem.
O tributo incidirá sobre um valor base, expresso em reais ou em reais por litro, adotado por grupo de marcas comerciais; tipo de produto; ou, de forma mista, por tipo de produto e marca comercial.
Para encontrar o valor, será usada a média dos preços dos componentes do grupo, seguindo os critérios de tipo de produto, tipo de embalagem ou até quatro faixas de preço. Em relação a essas faixas de preço, nas quais devem ser enquadradas as bebidas, está estipulado que a diferença de valor entre o piso e o teto de cada faixa não deve ser superior a 5%.
O objetivo é garantir isonomia tributária sem perda de arrecadação. Com a aplicação da regra geral para os produtores regionais, eles acabavam pagando mais imposto por volume produzido que os grandes produtores.
Os tributos abrangidos pela nova sistemática são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS/Pasep e a Cofins.
Ao sancionar a Lei 11.727/08, derivada da MP 413/08, o Presidente da República vetou a exigência de instalação de equipamentos de controle de vazão, para que o produtor pudesse optar pelo novo regime. O veto ocorreu porque a opção pelo regime especial era condicionada à instalação dos medidores; um atraso nesse procedimento retardaria a opção e manteria o desequilíbrio na concorrência que a lei pretende combater.
A MP 436/08 reintroduz a regra na lei e mantém a obrigatoriedade de os produtores instalarem esses equipamentos, que deverão também permitir a identificação do tipo de produto, da embalagem e da sua marca comercial.
A diferença é que as condições e os prazos para aplicação dessa obrigatoriedade de instalação serão disciplinadas pela Receita Federal.
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