Comemora-se hoje o Dia Mundial de Alimentação.
Para marcar a data, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), pede que a ajuda alimentar oferecida aos países que enfrentam emergência nutricional, passe a incluir alimentos de origem animal, ricos em nutrientes fundamentais para a dieta das crianças com menos de cinco anos, as principais vítimas da desnutrição.
Cerca de 55 milhões de crianças sofrem de desnutrição moderada e outras 20 milhões de desnutrição aguda grave em todo o mundo. A inclusão desses alimentos pode salvar a vida de muitas crianças, evitando que as que sofrem de desnutrição moderada atinjam o nível mais grave da doença, explica a pediatra paulista Maria Cláudia Soares, que atuou na crise alimentar registrada em 2008 na Etiópia.
Apesar de a desnutrição ser responsável pela morte de mais de 3,5 milhões de crianças com menos de cinco anos em todo o mundo, os programas de ajuda alimentar não mudaram nos últimos 30 anos.
No caso das crianças com desnutrição moderada, a ajuda alimentar oferecida, feita com cereais, ajuda a matar a fome, mas não contém os nutrientes necessários para reverter a condição e evitar que níveis mais graves de desnutrição sejam registrados.
A MSF diz que, para os desnutridos graves, o problema é um pouco diferente. As Nações Unidas já têm uma clara recomendação para o tratamento, mas apenas 5% das crianças que dele precisam chegam a recebê-lo.
MSF adotou recentemente como padrão o fornecimento mínimo de alimentos de origem animal, para tratar as crianças desnutridas, começando a implementar essa estratégia em seus programas nutricionais em todo o mundo. Em 2006 e 2007, a organização tratou mais de 150 mil crianças desnutridas, em 22 países com alimentação terapêutica e suplementar.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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