O Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, assinaram ontem, 8 de setembro, um convênio que estabelece regras para comércio entre os dois países em moeda local.
Assim, o dólar deixa de ser usado nas operações bilaterais, substituído pelo real e peso. O acordo começa a valer, de forma experimental, a partir do dia 6 de outubro próximo, como declarou o Ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Com o novo modelo, os custos poderão cair, uma vez que não será mais necessário um intermediário nas transações, como acontecia até agora, uma vez que era preciso transformar o dinheiro em dólar para fazer o pagamento. Mantega afirmou que a intenção, no futuro, é que os demais países que integram o Mercosul, Paraguai e Uruguai, também adotem sistema semelhante.
O Banco Central (BC) esclareceu que inicialmente poderão ser transacionadas operações relativas ao comércio de bens entre os dois países, de prazo de até 360 dias. As despesas e serviços, relacionados ao comércio de bens, como frete e seguro, por exemplo, também poderão ser pagos nas moedas dos dois países.
O Brasil é o principal destino das exportações argentinas (19% do total) e seu maior fornecedor (32% das compras desse País).
Entre janeiro e junho deste ano, ambos os países, membros do Mercosul, trocaram mercadorias no valor de US$ 14,8 bilhões, com um superávit de aproximado de US$ 2 bilhões, a favor dos brasileiros. Nesse sentido, Lula lembrou que, este ano, o fluxo comercial entre Argentina e Brasil será superior a US$ 30 bilhões.
A respeito das divergências entre os países nas fracassadas negociações da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), Lula disse que não existe possibilidade de o Brasil jogar sozinho.
Este importante passo, é o início para a criação de uma moeda comum do Mercosul.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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