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Ainda assim, as distâncias sociais entre esses grupos permanecem elevadas.
No que se refere à renda, negros ganham, em média, metade do que os brancos, enquanto o salário das mulheres corresponde a 2/3 do pago aos homens. Para as mulheres negras, a situação é a mais grave. Elas têm rendimentos médios de apenas 32% do que corresponde aos homens brancos.
A melhora nos índices de renda é resultado de investimentos em políticas específicas, mesmo reconhecendo, porém, que ainda vai levar gerações para emergir um quadro mais expressivo de redução das desigualdades.
De acordo com o Relatório do Ipea, quase metade das mulheres negras, com 25 anos ou mais, nunca fizeram um exame clínico de mama, 46,3% delas. Entre as brancas, a proporção é de 28,7%. Do total de mulheres nessa faixa etária, 36,4% nunca realizaram o teste. Na mesma faixa de idade, 25% das mulheres negras, nunca se submeteram ao exame de colo de útero, enquanto entre as brancas o índice é de 17%. No País, 21% da população feminina nessa idade, nunca realizaram o exame.
Para os pesquisadores, a discrepância reflete comportamentos discriminatórios dos serviços de saúde, resultantes de preconceitos e estereótipos racistas.
Com a Constituição de 1988, deu-se o início das discussões sobre estas questões nacionais. Mas, só no Governo Fernando Henrique Cardoso, é que tais políticas públicas começaram a ser implementadas.
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