quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ao Consumidor

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do mês de agosto, desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, ficando ligeiramente abaixo do esperado. A inflação oficial apresentou variação de 0,28%, contra 0,53% de julho. Essa foi a menor leitura desde setembro do ano passado. Os dados foram divulgados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A última estimativa do mercado, dava conta de que o IPCA fecharia o mês em 0,31%. Para o ano, a previsão é de que atinja 6,32%.

Com esse resultado, o acumulado no ano ficou em 4,48% e, nos últimos 12 meses, em 6,17%, abaixo do teto da meta para o ano, que é de 6,5%. Em agosto de 2007, a taxa havia ficado em 0,47%.

Os alimentos tiveram queda de 0,18% em agosto, após subirem 1,05% em julho. Foi a primeira variação negativa desde o recuo de 0,61% de junho de 2006.

A redução de preços, em agosto, foi generalizada entre os alimentos. O tomate recuou 36,91%, enquanto a farinha de trigo caiu 4,16%, o óleo de soja diminuiu 3,95% e o feijão preto ficou 1,96% mais barato.

Mesmo com as baixas de preços ocorridas em agosto, o consumidor não teve a percepção de alimentos mais baratos, uma vez que quase todos acumulam altas expressivas desde janeiro. Como exemplo, o tomate subiu 44% entre janeiro e agosto, a farinha de trigo ficou 18,13% mais cara no período, o óleo de soja avançou 20,53% e o feijão preto aumentou 62,97%.

O arrefecimento dos preços alimentícios em agosto foi conseqüência principalmente do recuo das cotações das commodities nas bolsas de mercadorias.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, referindo-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários- mínimos, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do Município de Goiânia e de Brasília, no Distrito Federal (DF).

Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período do dia 30 de julho a 27 de agosto, com os preços vigentes no período de 01 a 29 de julho.

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