As famílias brasileiras gastaram R$ 103,2 bilhões com despesas de saúde no ano de 2005, enquanto o Governo arcou com R$ 66,6 bilhões. E as instituições sem fins de lucro, a serviço das famílias desembolsaram mais um R$ 1,8 bilhão. No total, o País gastou R$ 171,6 bilhões com bens e serviços de saúde, 8% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele ano. É o que mostra a pesquisa Economia da Saúde: uma Perspectiva Macroeconômica 2000 - 2005, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na geração de riqueza, a participação cai para 5,3% em 2005. No ano 2000, estava em 5,7%. Segundo o estudo, o maior gasto das famílias está nos medicamentos, que representa 35,3% do consumo das famílias com saúde. O plano de saúde é outro componente forte nessas despesas agregadas das famílias.
No período analisado pelo IBGE (2000 a 2005), essas participações variaram pouco ao longo da série (2000 - 2005): a despesa das famílias correspondeu, em média, a 4,9% do PIB nesse período; as despesas do Governo foram de 3,2% do PIB; e as das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias, de 0,1% do PIB.
Em relação ao total das despesas relacionadas à saúde, a administração pública respondeu, em 2005, 38,8%, enquanto as famílias ficaram com 60,2%, e as instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias, com 1,0%.
Ao longo da série histórica (2000-2005), a principal despesa de consumo final das famílias, foi com o ítem outros serviços, relacionados com atenção à saúde, que inclui consultas e exames, produzidos principalmente em ambientes ambulatoriais. Os medicamentos (média de 1,6% do PIB entre 2000 e 2005) também tiveram um peso significativo na despesa das famílias.
Mesmo sendo menor do que os gastos das famílias, a saúde pública é a principal despesa de consumo final das administrações públicas (passou de 2,4% a 2,6% do PIB, entre 2000 e 2005).
A administração pública tem despesas com serviços de atendimento hospitalar e outros serviços relacionados com atenção à saúde - serviços mercantis que o Governo adquire para oferecer gratuitamente às famílias.
Entre 2000 e 2005, as despesas do Governo com esses serviços de saúde mercantil caíram como percentual do PIB, chegando, em 2005, a 0,5% do PIB. O Setor cresceu 5,9% e respondeu por 3,9 milhões de empregos em 2005.
No geral, as atividades ligadas à saúde no Brasil geraram R$ 97,3 bilhões de valor adicionado ao PIB, e a saúde pública foi 33,4% desse total.
Embora a participação do valor dessas atividades no total gerado pela economia, tenha tido uma relativa queda entre 2000 (5,7%) e 2005 (5,3%), elas vêm apresentando sucessivas taxas de crescimento real nesse período, chegando a 5,9% em 2005. Em 2001, esse crescimento foi de 4,1%; em 2002, de 1,8%; em 2003, de 0,9%; em 2004, de 3,0%.
Em 2005, as atividades de saúde respondiam por 3,9 milhões de empregos, (4,3% do total do País), a maior parte deles (2,6 milhões) com vínculo formal, e pagavam um rendimento médio anual de R$ 15,9 mil.
De 2000 a 2005, foram criadas 660 mil vagas na atividade. A concentração maior de trabalhadores foi na saúde pública e em outras atividades relacionadas à saúde. Na qualidade da ocupação, medida pela carteira assinada, os empregados da saúde saem na frente. São 66% com carteira assinada, bem acima dos 50% da média da economia.
As famílias brasileiras respondiam, em 2005, por 60,2% do total das despesas com bens e serviços de saúde, sendo os gastos com consultas e serviços médicos em geral e medicamentos, os mais importantes.
A indústria farmacêutica, após um período de retração entre 2001 e 2003, voltou a crescer em 2004 (3,5%) e apresentou um crescimento significativo em 2005 (12,6%). O comércio de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicos acompanhou essa trajetória. Já os serviços de atendimento hospitalar apresentaram um único ano de crescimento superior ao da economia da saúde (2001, com 4,2%).
Entre 2004 e 2005, tiveram aceleração em suas taxas de crescimento as seguintes atividades: saúde pública (de 0,0% para 4,1%); outras atividades relacionadas à saúde (de 5,7% para 7,6%); comércio de produtos farmacêuticos (de 5,7% para 12,2%) e fabricação de produtos farmacêuticos (de 3,5% para 12,6%).
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
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