A agroenergia, embora traga grandes benefícios econômicos ao Brasil, não é solução para a crescente escassez de petróleo, nem para o problema da emissão de poluentes, em termos globais.
O Relatório final sobre os desafios e oportunidades trazidos pelo setor foi aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados (CD).
O texto deve servir de embasamento para futuras decisões da Comissão e do Congresso Nacional (CN). Foram ouvidos especialistas e a própria consultoria da Câmara dos Deputados.
De acordo com o texto, o consumo mundial de combustíveis líquidos passou de 1,2 trilhões de litros de gasolina e 1,25 trilhões de litros de óleo diesel (últimos dados consolidados em 2003). A meta tem sido substituir 10% da gasolina por álcool, e 5% do óleo diesel por biodiesel, o que segundo o Relatório, já é um objetivo ambicioso demais.
Do ponto de vista da agricultura, os biocombustíveis podem representar uma alternativa para as quedas constantes dos preços agrícolas. Apesar da crise atual de alimentos, a produção tem se tornado cada vez mais tecnológica, o que pressiona os preços e tira a competitividade dos pequenos agricultores.
Com a cana-de-açúcar ocorre o inverso. O Brasil domina a tecnologia de plantio e manejo, e pequenos agricultores, se incorporados ao mercado de produção, podem aumentar sua renda.
De acordo com o Relatório, o Brasil é líder em tecnologia para produção de álcool carburante (principalmente etanol), graças ao pioneirismo do Proálcool, programa do Governo, que nos anos 80 apoiou a produção e a pesquisa na área. Entretanto, apenas neste ano, os Estados Unidos investiram R$ 2,7 bilhões em pesquisas no desenvolvimento de tecnologia de produção desse combustível.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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