Relatório divulgado nesta semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em parceria com a Comissão Econômica para América Latina e Cribe (Cepal) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre a evolução o mercado de trabalho brasileiro, entre 1992 e 2006, revela que, apesar dos avanços, o quadro é ainda preocupante.
A representante da OIT no Brasil, Laís Abramo, disse ao divulgar o documento, que o Brasil tem um enorme déficit de trabalho decente. Ela também afirmou que embora tenha se verificado uma recuperação da renda, e uma redução das desigualdades raciais e de gênero no mercado de trabalho, as diferenças ainda são grandes.
Segundo o levantamento, em 2006 a proporção de mulheres em idade ativa (acima de 16 anos), era 24 pontos percentuais inferior a dos homens. As taxas de informalidade ainda são mais elevadas para mulheres e negros. As mulheres recebem 30% dos salários pagos aos homens. E os homens negos 47% dos homens brancos.
O Relatório informou que apesar da queda de crianças e adolescentes no mercado de trabalho, existem ainda 2,4 milhões deles nesta situação.
A representante da OIT destacou também pontos positivos, mas ressaltou que o desemprego saltou em 2006 de 6,2% para 8.4%. Este não é um resultado que nos deixe contentes, mas temos que reconhecer os avanços conseguidos pelo Brasil.
O Brasil só vai conseguir melhorar o indicativo de trabalho decente se reduzir as desigualdades de gênero e raça, pois esta é a única maneira de se eliminar esse déficit.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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