sábado, 6 de junho de 2009

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O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, destacou que as reservas internacionais do Brasil estão maiores do que no início da crise global. Em setembro do ano passado, segundo ele, as reservas eram de 205,1 bilhões de dólares, e no último dia 1º eram de 205,4 bilhões de dólares. A afirmação foi feita esta semana, aqui na Câmara dos Deputados (CD).

Meirelles afirmou também que, antes da crise, a dívida pública do Brasil correspondia a 40,5% do PIB, e hoje corresponde a 38%. Acrescentou que, no fim do ano que vem, esse percentual cairá para 37,5%, conforme a previsão de analistas.

O presidente do BC afirmou que o aumento das reservas internacionais, associado à redução da dívida pública em relação ao PIB, fará com que o Brasil saia mais fortalecido da crise global. Esse, segundo ele, é o motivo da "euforia" do mercado internacional em relação ao Brasil. O Brasil deve ser o único país do G-20 que deverá sair da crise com um percentual da dívida menor em relação ao PIB e com reservas internacionais maiores, afirmou.

As reservas internacionais são os depósitos em moeda estrangeira dos bancos centrais e são utilizados no cumprimento dos seus compromissos financeiros. Meirelles comparou as reservas internacionais brasileiras com as da Rússia e de alguns países europeus e disse que o Brasil foi o único país onde houve aumento durante a crise global. Ele afirmou que, apesar de o País ter gasto 14,5 bilhões de dólares das reservas, elas aumentaram porque os papéis brasileiros valorizaram no mercado internacional.

Meirelles fez um histórico da crise e das medidas adotadas pelo Banco Central. Afirmou que a crise chegou ao Brasil após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, o quarto maior dos Estados Unidos, em setembro do ano passado.

Ele disse que, no Brasil, a crise afetou primeiramente a área de crédito, porque 19% do setor eram compostos de crédito internacional ou crédito doméstico com fonte externa.

O presidente do BC também lembrou as diversas medidas anticrise adotadas pelo Banco Central, como venda de dólares no mercado a vista, leilões de swaps cambiais, leilões de linhas para exportadores, redução do depósito compulsório dos bancos e canalização da liquidez para instituições menores, com aumento do limite para o Fundo Garantidor de Crédito.

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