segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Dragões da Independência

A Câmara dos Deputados (CD) sedia, a partir de hoje, 25 de agosto, segunda-feira, uma exposição comemorativa dos 200 anos de criação do Regimento de Cavalaria de Guardas Dragões da Independência. A exposição poderá ser visitada até 7 de setembro, das 9 às 17 horas, no Salão Negro do Congresso Nacional (CN).

Entre os destaques do acervo, que pertence ao Regimento, encontra-se uma réplica do quadro O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo, que está no Museu do Ipiranga. Os Dragões escoltavam o Príncipe Regente Dom Pedro 1º, no momento do brado de independência do Brasil, às margens do rio Ipiranga, em 7 de setembro de 1822.

Outra peça importante é uma caleça (carruagem) de 180 anos, que foi doada ao Regimento pela Câmara de Comércio Brasil-Suíça, em 1976. A carruagem de quatro rodas, costuma abrir o desfile de Sete de Setembro e transportar autoridades em cerimônias. Neste ano, por causa da exposição na Câmara, a caleça não vai participar da parada na Esplanada dos Ministérios.

Também estarão expostos documentos históricos, entre eles cartas do General Osório, o Patrono da Cavalaria Brasileira. Uma carta do General Bartolomeu Mitre para o General Osório, descreve as operações na Guerra do Paraguai. Outro documento, do Visconde de Pelotas, relata o interrogatório de um general paraguaio, preso durante o conflito.

A exposição destaca fotos com formações de cavalaria (carrossel militar), incluindo o primeiro desfile dos Dragões em Brasília, em 1968. Na época, o Regimento era comandado pelo então Coronel João Baptista de Oliveira Figueiredo, que se tornaria, depois, o último Presidente do Regime Militar, entre 1979 e 1985.

O visitante ainda poderá ver os quatro modelos de capacetes dos Dragões, espadas, bandeiras, condecorações, medalhas e a coleção de aquarelas Uniforme do Exército Brasileiro, de José Wasth Rodrigues.

O ano oficial da criação dos atuais Dragões da Independência é 1808, quando foi organizado o 1º Regimento de Cavalaria do Exército. Como forma de prestigiar e distinguir a data, o dia 13 de maio foi escolhido para assinatura do Decreto de sua criação, pois era aniversário de dom João 6º, então Príncipe Regente.

Em 1936, por meio de Decreto, o então 1º Regimento de Cavalaria passou a ostentar a denominação histórica Dragões da Independência. Era a concretização da idéia do Deputado Gustavo Barroso, que sugeriu esse título em um Projeto de Lei, na Câmara dos Deputados, em 1917.

A farda característica dos Dragões da Independência, foi concebida pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, durante a missão artística francesa no Brasil, em 1816. O fardamento homenageia a Imperatriz Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, com inspiração na tropa de Cavalaria de Dragões daquele Império.

Quando foram transferidos do Rio de Janeiro para Brasília, em 1968, os Dragões da Independência ficaram subordinados ao Comando Militar do Planalto. A unidade é responsável, juntamente com o Batalhão da Guarda Presidencial, pela proteção dos palácios da Alvorada, do Planalto, do Jaburu e da Residência Oficial da Granja do Torto. O cerimonial militar da Presidência da República também é atribuição da unidade.

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