Desacelerou

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou mais que o esperado, no mês de agosto.

O indicador registrou alta de 0,35% no mês, praticamente reduzindo à metade a variação de 0,63% registrada no mês anterior. Esse foi o menor resultado desde março, quando atingiu 0,23%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mediana das estimativas de 30 instituições financeiras, consultadas pela Reuters, apontava uma taxa de 0,38% para o indicador de agosto.

Apesar do comportamento mais brando da inflação, a variação acumulada nos últimos 12 meses, está em 6,23%, muito próximo do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC).

Os alimentos foram os responsáveis pela redução do IPCA-15 em agosto, chegando a uma variação de 0,25%, frente a uma alta de 1,75% em julho.

Dentre os produtos que apresentaram queda de preços, de um mês para o outro, os destaques foram a batata-inglesa (-7,55%), o tomate (-6,52%), as hortaliças (-4,92%), o feijão carioca (-2,91%), o óleo de soja (-1,84%) e o arroz (-1,34%). Com o resultado de agosto, o grupo alimentação e bebidas acumula alta de 10,80% neste ano.

A maioria dos índices inflacionários, que estão sendo apresentados em agosto, já apresenta forte redução em relação ao mês anterior. O que deve ser confirmado com a divulgação do IPCA.

Segundo pesquisa semanal do BC, junto a 100 instituições financeiras, a inflação oficial deve fechar o mês em 0,40%.

Em julho, o índice fechou em 0,53%. Para o ano, o mercado espera que o índice chegue a 6,44%, abaixo do teto da meta (6,5%) estabelecida pelo Governo, para este ano.

Para tentar trazer a inflação de volta ao centro da meta, já em 2009, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, iniciou, em abril, um ciclo de aperto do juro. De lá para cá, a taxa Selic foi elevada em 1,75 ponto, passando de 11,25% para 13% ao ano.

A próxima reunião do Copom acontece nos dias 9 e 10 de setembro próximo.