O mercado elevou, pela sexta semana consecutiva, a estimativa para a inflação em 2008.
Segundo pesquisa do Banco Central do Brasil (BC), junto a 100 instituições financeiras, o IPCA deve fechar o ano em 4,86%, contra 4,79% da sondagem anterior.
A expectativa fica bem acima da meta de 4,5%, estabelecida pelo Governo. Para 2009, também houve aumento nas estimativas, passando de 4,40% para 4,49%.
A previsão para o mês de abril se manteve em 0,55%, assim como a de maio também não sofreu alteração, permanecendo em 0,40%.
Mas um índice de inflação foi divulgado nesta segunda-feira, 5. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve desaceleração na quarta prévia do mês, passando de 0,81% para 0,72%. O grupo Alimentação, grande vilão das últimas semanas, foi o responsável pelo recuo.
Os analistas consultados pelo BC também revisaram para cima as expectativas para os demais indicadores inflacionários deste ano.
O IGP-DI, por exemplo, deve subir 6,28% em vez dos 6,01% contidos no documento passado. No caso do IGP-M, o aumento esperado é de 6,59% e não de 6,31% como previsto antes.
Semana passada, foi divulgado o IGP-M de abril, que ficou em 0,69%, bem acima do esperado pelo mercado, mas abaixo do registrado no mês anterior. O prognóstico para o IPC da Fipe, por sua vez, é de alta de 4,28% em vez de 4,14%.
O Relatório Focus, do BC, também elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, passando de 4,6% para 4,66%. A estimativa para os juros, por sua vez, foi mantida em 13% ao ano em 2008, mas foi elevada para 11,50% ao ano em 2009.
O documento elaborado pela autoridade monetária mostrou, ainda, déficit mais marcado para as contas correntes brasileiras neste ano, de US$ 18 bilhões. A projeção anterior dava conta de resultado negativo, de US$ 16,6 bilhões.
Em 2009, o déficit deve ser de US$ 25 bilhões, ante resultado deficitário de US$ 22 bilhões contemplado no relatório antecedente.
O superávit da balança comercial deve ser de US$ 25 bilhões em 2008, sem mudança. No exercício seguinte, o saldo comercial deve ficar positivo em US$ 16,95 bilhões, inferior aos US$ 17,5 bilhões calculados antes.
O mercado financeiro manteve seus prognósticos para a entrada de investimentos estrangeiros neste ano, em US$ 30 bilhões, mas alterou a expectativa referente a 2009, que passou de US$ 28,5 bilhões para US$ 29 bilhões.
Sobre a produção industrial, a mediana das estimativas é de ampliação de 5,52%, em 2008, e de 4,5% nos 12 meses seguintes.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
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