segunda-feira, 5 de maio de 2008

Câncer

A incidência de câncer de mama em mulheres, entre 70 a 74 anos, tem aumentado significativamente no Brasil, de acordo com uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz.

Um dos problemas é que nem todos os recursos de tratamento, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia, nem sempre são usados em mulheres de idade mais avançada, ainda que em 15% dos casos não exista um motivo aparente para a restrição, que pode influenciar a sobrevida no grupo pela doença e aumentar a mortalidade.

Durante o ano de 2000, o estudo avaliou as características clínicas e epidemiológicas de 279 mulheres, de 70 anos ou mais, diagnosticadas com câncer de mama em um hospital de referência, no Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Câncer HC III (Inca). Os aspectos relativos aos protocolos de tratamento empregados e à sobrevida nos cinco anos após o início da terapia, também foram verificados.

Os resultados também mostraram que, quanto mais próximo dos 80 anos chegaram as mulheres, maior era a probabilidade de não receber o tratamento padrão. O relato de doença cardíaca, entretanto, esteve associado ao recebimento da terapia.

A pesquisa ainda apontou que 50% das mulheres examinadas apresentaram estágio avançado da doença, proporção alta quando comparada a outros estudos com o mesmo grupo de análise. A hipótese é que a baixa procura por mamografias, por parte dessa população, esteja acarretando um diagnóstico tardio do câncer de mama.

Em relação à sobrevida, a taxa encontrada nos cinco anos posteriores, a terapia foi de 32,9% e registros de hipertensão, diabetes ou cardiopatia no prontuário, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas nessa porcentagem.

Segundo o estudo, as idosas que não foram submetidas à radioterapia, após a cirurgia conservadora da mama, tiveram uma redução da sobrevida.

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