terça-feira, 11 de março de 2008

Indonésia

A soja, a carne bovina e o etanol do Brasil fizeram com que o Ministro da Agricultura da Indonésia, Anton Apriyantono, antecipasse em um mês sua visita ao País, para negociar com técnicos do Governo e empresários brasileiros, o estreitamento do intercâmbio comercial desses três produtos.

Com dificuldades para abastecer o consumo interno, devido, principalmente, ao encarecimento de commodities agrícolas no mercado internacional, os indonésios buscam alternativas. Só de soja, a Indonésia tem potencial para comprar 1,2 milhão de toneladas do Brasil. No caso da carne bovina, ainda estão sendo feitas análises sobre o sistema sanitário brasileiro para que se dê o sinal verde.

A Indonésia tem cerca de 280 milhões de habitantes e uma das condições exigidas pelo País, que é muçulmano, o Brasil já cumpre, por contar com um mercado de países de região islâmica: o abate do animal pelo sistema Halal, palavra árabe que significa "permitido".

Por esse método, o animal é degolado por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Essa pessoa deve pronunciar o nome de Alá ou fazer uma oração. A face do bovino deve estar voltada para Meca e a degola precisa ser rápida, sem que a cabeça seja seccionada. Além disso, o animal a ser abatido tem de estar separado de outros bovinos. Após a morte, o sangue é totalmente escorrido, para que as peças possam ser separadas. Todo o processo, do abate até o destino do carregamento, é supervisionado por um funcionário muçulmano.

Segundo o Ministro indonésio, seu País importa 60% da soja que consome, de forma geral dos Estados Unidos. Compra também em torno de 400 mil toneladas por ano de animais vivos da Austrália e da Nova Zelândia.

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