Apesar de ter recuado sete posições, da 67ª para a 74ª, no indicador geral de desigualdade de gêneros, divulgado nesta semana, pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil não piorou significativamente sua performance no último ano, mas manteve importantes degraus entre homens e mulheres, quando o assunto é trabalho e participação na política, por exemplo. Já no setor da saúde, a situação brasileira é encarada como bastante boa, ocupando a 1ª colocação na América Latina.
O movimento de queda do Brasil no ranking geral, explicou a chefe do Programa de Mulheres Líderes da entidade, Saadia Zahidi, veio por conta da entrada de mais países na pesquisa, que saltou de 115 em 2006 para 128 em 2007. Os países nórdicos (Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia) continuaram encabeçando a lista, com as menores diferenças entre os gêneros, tendo como oposto o Iêmen, último colocado.
No Brasil, ressaltou Saadia, o segmento de trabalho ainda apresenta diferenças importantes, apesar de terem melhorado ligeiramente de 2006 para cá. Exemplo é a participação na força de trabalho que, no ano passado, era de 80% para os homens e 57% para as mulheres, subindo para 84% e 61% agora, respectivamente. Para ela, mais do que uma questão cultural, as diferenças também refletem problemas religiosos e até de governos e, por isso, o objetivo do levantamento é dar subsídios para que essas lacunas sejam retiradas.
No quesito participação da mulher na política do país, o Brasil continua deixando muito a desejar, mantendo sua performance no período. Nos ministérios, por exemplo, as mulheres continuam representando apenas 11% do total, sendo que o restante (89%), ficam em mãos masculinas. Já na saúde e na educação, há maiores equilíbrios entre homens e mulheres no geral.
Quando se olha para a América Latina, Cuba aparece como o país melhor colocado no índice de desigualdade, ficando em 22º lugar no ranking geral. O país comunista entrou no levantamento somente neste ano. Em seguida, vêm a Colômbia (24º posição), a Costa Rica (28º) e a Argentina (33º).
No mundo todo, quando são comparados os 115 países pesquisados em 2006 e em 2007, percebem-se importantes avanços na educação, cuja desigualdade entre os gêneros caiu de 91,55% para 91,60%.
O cenário também melhorou nos campos de capacitação política (de 14,07% para 14,15%) e da participação econômica, cuja lacuna recuou de 55,78% para 57,30%.
sábado, 10 de novembro de 2007
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