segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Arroz e feijão

O arroz e o feijão, principais componentes da nossa dieta, devem ficar mais baratos para o consumidor no ano que vem, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No caso do feijão, a queda de preço será possível porque na safra que está sendo colhida os produtores reduziram a área plantada em 8%. Com isso, o preço subiu e também a remuneração pela venda do produto.

Com mais recursos, o setor agora deve plantar mais e os preços voltam a cair, já que a oferta será maior a partir de janeiro.

Para o arroz, a explicação é que os estoques ainda estão muito altos. Além disso, segundo a Conab, a estimativa é de aumentar em 1% a área plantada. Desde 2005, o preço do arroz tem se mantido em patamares baixos, porque em 2003 houve recorde na safra do cereal, o que elevou os estoques do País.

Em relação ao arroz, os preços devem cair e isso será importante para formação dos índices de inflação. Os itens que mais têm pressionado a inflação neste ano são os alimentos. Assim como o arroz e o feijão, o pãozinho também é tradição na mesa do brasileiro. De acordo com os números da Conab, com o aumento de 70% na produtividade do trigo no País em relação à última safra, a dependência do produto argentino vai cair. Isso pode resultar em preços melhores.

Os argentinos, no entanto, aumentaram de 20% para 28% a tarifa de exportação do trigo. Logo, o produto vai chegar ao Brasil mais caro. Além disso, os parceiros do Mercosul querem incentivar as exportações da farinha de trigo, para estimular vendas de maior valor agregado e gerar empregos. Para tanto, os produtores de farinha argentinos vendem o produto a preços menores para fidelizar os clientes brasileiros.

A Conab revela ainda que espera mais um recorde na safra de grãos 2007/2008. A projeção é de 135,5 milhões de toneladas - 2,9% superior à safra anterior, de 131,8 milhões de toneladas.

Segundo a projeção de safra da Conab para 2007/2008, a estimativa é de 59,4 milhões de toneladas de soja e uma variação de 1,7% em comparação com a safra anterior.

Para o milho, a expectativa de produção é de 51,8 milhões de toneladas, um crescimento de 0,9% em relação ao período anterior. A estimativa da Companhia é de que a área plantada seja 1,2% superior a da última safra. Serão 46,8 milhões de hectares.

O maior crescimento está nas lavouras de soja: de 20,7 para 21,2 milhões de hectares. As lavouras de milho também terão crescimento significativo. Na primeira safra o aumento será de 9,5 milhões para 9,8 milhões de hectares.

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