sábado, 24 de maio de 2008

Vedete

A propaganda na rede mundial de computadores promete ser a vedete das campanhas eleitorais deste ano.

Nos Estados Unidos, os pré-candidatos, com páginas repletas de recursos, usam e abusam da internet para divulgar suas propostas.

No Brasil, o uso de sites, chats, videos, blogs e afins ainda não é tão intenso, e esbarra nas restrições propostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mesmo assim, a exemplo dos americanos, os políticos brasileiros começam a avançar no uso da ferramenta, com a internet devendo ser utilizada como nunca nas eleições municipais, como afirma Leonardo Barreto, cientista político da Universidade de Brasília (UnB).

A internet está sendo apontada como vedete, como um meio de comunicação poderoso. Isso se deve à força da ferramenta nas eleições americanas. A diferença é que lá a acessibilidade é de cerca de 58% da população, aqui, não chega a 10%.

Mesmo assim, a tendência é que os nossos políticos apostem na internet, é o seu uso cada vez maior para fins eleitorais. Quem não entrar na rede, no futuro, vai sair perdendo.

O baixo custo da propaganda na internet, segundo o cientista político, ajuda a democratizar a propaganda eleitoral. Nesse ponto, os pequenos partidos, que não têm grande espaço na televisão e no rádio, podem se beneficiar.

O vasto leque de possibilidades também desperta a atenção dos candidatos. Para o especialista, a possibilidade de interatividade com o eleitor na rede é um grande diferencial, pois minimiza a necessidade de grandes pesquisas para saber a opinião das pessoas.

Por outro lado, segundo Barreto, a ferramenta traz novos desafios, é mais competitiva, e ainda não há estudos na ciência política que avaliem o real impacto da propaganda eleitoral na internet nos resultados das eleições.

O público da internet é mais seletivo, em geral, mais instruído. A internet tem um conteúdo infinito. Vale criatividade e conteúdo. Na internet não há espaço para amadores, tem que ser competitivo. Não é tão simples, não é só fazer um blog e achar que assim terá visibilidade. O candidato tem que aprender a usar as fórmulas para se destacar. O problema não é fazer, é fazer bem feito, essa é a questão, alerta Barreto.

Diferentemente dos Estados Unidos, a liberdade da propaganda eleitoral na internet no Brasil, esbarra nas restrições impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a resolução 22.718, a partir de 6 de julho, os candidatos podem manter apenas páginas oficiais, com domínio ".com.br" e ".can.br".

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