O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, disse há pouco, aqui na Cãmara dos Deputados (CD), que, apesar do alto spread bancário no País, os lucros dos bancos nacionais não extrapolam os padrões internacionais.
Segundo ele, dados do BC mostram que o spread nas operações entre bancos em empresas são de 17,1%, em média. Mas, de acordo com o economista, essa taxa passa para 12,1% ao se contabilizar também outros tipos de operação, como os créditos rurais e as operações de leasing.
Pelas contas de Sardenberg, apenas 4 pontos percentuais do total do spread representa o lucro líquido dos bancos. Isso porque, segundo ele, grande parte desse valor é gasto com despesas dos bancos, como impostos (23,3%) e inadimplência (34%).
O economista afirmou que o spread bancário no País pode ser diminuído se o Governo reduzir os valores dos impostos cobrados dos bancos. Mas, de acordo com ele, os valores atuais condizem com os spreads de outros países, como o México (19,9%) e o Chile (17,9%).
Durante o debate, Sardenberg também criticou os índices dos chamados depósitos compulsórios no País. Os bancos comerciais são obrigados por lei a depositar, junto ao Banco Central (BC), parte de suas captações em depósitos à vista ou outros títulos contábeis. Por meio dessa medida, o BC pode garantir o poder de compra da moeda nacional.
Para Sardenberg, os índices de depósitos à vista no Brasil são muito altos. Segundo ele, as taxas no País são de 47%, enquanto que, na Argentina, são de 19%.
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