segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

AIDS

Primeiro de dezembro marca o Dia Internacional da luta contra a AIDS, doença esta que pesa sobre todos nós.

Felizmente, o Brasil tem sabido tratar com excelência esta questão de saúde pública. A campanha brasileira de prevenção à AIDS é referência mundial, por sua eficácia e abrangência.

Dentro do cenário desta epidemia, citamos o plano brasileiro de vacina anti-HIV, para o período de 2008-2012.

Há cerca de 30 milhões de pessoas vivendo com o HIV no mundo. Apenas em 2007, estima-se a ocorrência de 2,7 milhões de novas infecções e 2 milhões de mortes devido à Aids no mundo.

O referido plano prioriza o desenvolvimento da pesquisa e da inovação, em área fundamental para o controle da Aids no País.

No Brasil, estima-se a existência de 620 mil pessoas infectadas pelo HIV, além de uma média anual de 32 mil novas infecções e de 11 mil mortes em decorrência da Aids.

O Sistema Único de Saúde (SUS), com base na legislação aprovada por este Congresso Nacional, dá exemplo para o mundo, pois oferece acesso universal ao custoso tratamento da Aids.

Atualmente, 185 mil brasileiros têm acesso a esses medicamentos, representando uma cobertura de 95% da demanda.

Como resultado, temos observado a melhoria da qualidade de vida dos portadores do HIV, com redução em mais de 80% das internações hospitalares em decorrência da Aids.

Um maior avanço no controle da Aids seria proporcionado, sem dúvida, pelo desenvolvimento de uma vacina contra o HIV, uma vez que, como mencionado, seu tratamento é dispendioso, está associado a efeitos colaterais e precisa ser mantido por toda a vida do portador.

A comunidade científica mundial não vislumbra que uma vacina seja descoberta em curto ou médio prazo, pela própria característica do vírus de se modificar freqüentemente, dificultando a produção de uma imunidade duradoura e consistente por meio de vacinas. Por exemplo, há um ano, o laboratório Merck Sharp & Dohme suspendeu os testes de uma vacina experimental, com 3 mil voluntários em todo o mundo, inclusive no Brasil, depois que ensaios clínicos mostraram a ineficácia do imunizante.

Entretanto, existem fortes argumentos em prol da mobilização pelo desenvolvimento de uma vacina anti-HIV, pois, conforme informou o Ministério da Saúde, mesmo um imunizante de eficácia parcial, seria uma importante estratégia de prevenção de novas infecções.

Além disso, uma vacina terapêutica poderia ser um relevante coadjuvante do tratamento, ao reduzir a carga viral dos pacientes e, conseqüentemente, a necessidade de uso de anti-retrovirais.

Como se vê, esse tema levanta importantes questões nas áreas da política científica e tecnológica nacional.

O Programa Nacional de DST e Aids (PN-DST/AIDS), do Ministério da Saúde, através de seu Comitê Técnico Assessor de Vacinas Anti-HIV, coletou informações na comunidade científica nacional e internacional, no Governo, na sociedade civil e nas agências reguladoras, a fim de considerar procedimentos éticos e regulatórios mais adequados para o desenvolvimento de vacinas anti-HIV, além de abordar as perspectivas para o Brasil nesse setor, e seus desafios para o desenvolvimento de novas tecnologias preventivas e terapêuticas.

Segundo o referido plano, apresentado durante o I Seminário Internacional sobre pesquisa, desenvolvimento e acesso a vacinas anti-HIV, realizado em Brasília entre 1 e 3 de setembro passado , o Ministério da Saúde investirá 25 milhões de reais em pesquisas, até 2012, para o desenvolvimento de uma vacina.

Essa empreitada tem contado com a parceria de instituições renomadas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS) e a Iniciativa Internacional de Vacinas contra a Aids (IAVI). Segundo essa última instituição, o investimento global em pesquisas de vacinas anti-HIV, é de US$ 960 milhões, por ano, e 46 pesquisas em desenvolvimento reúnem 25 mil voluntários, em 23 países, incluíndo o Brasil.

Diante da relevância do tema, é vital que estejamos sempre atentos para acompanhar o desenvolvimento dessas atividades, apoiando aquelas que favoreçam a saúde de nossa população brasileira.

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