Vírus escondidos em estado latente em uma única célula do organismo são suficientes para reativar uma infecção controlada de Aids, quando o tratamento é suspenso, como revela um novo estudo divulgado nesta semana.
Especialistas alertam que o controle da doença, com os medicamentos do coquetel, pode passar a sensação errônea de cura, mas a infecção tende a se tornar ativa logo que as drogas são abandonadas.
O novo estudo revela que, acossado pelos remédios, o HIV sobrevive se escondendo em algumas células do tecido linfático, do cérebro, da medula óssea ou do sangue, onde persiste, ainda que em estado inativo.
Sob algumas circunstâncias - a principal delas, o abandono da medicação -, o vírus latente "desperta" e, em poucos dias ou semanas, é capaz de originar uma nova infecção muito ativa, fazendo o paciente recuperar a mesma carga de HIV que apresentava antes de iniciar o tratamento.
Saber exatamente o que acontece nessas células de "refúgio" e encontrar uma forma de identificá-las para poder, algum dia, destruí-las são questões fundamentais para as quais os estudos tentam hoje achar respostas, explica Günthard Huldrych, do Hospital Universitário de Zurique, Coordenador do estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Science (PNAS).
Em todo caso, o estudo deixou claro que as terapias anti-retrovirais são "realmente muito potentes", e a interrupção do tratamento é extremamente problemática para os pacientes - ao contrário do que alguns estudos menores chegaram a sugerir.
Sobre este assunto, veja mais no jornal O Globo, edição de 21/10/2008.
sábado, 25 de outubro de 2008
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