A produção industrial brasileira recuou 0,5% em maio, após dois meses consecutivos de expansão. Na comparação com igual mês do ano passado, houve avanço de 2,4%. No acumulado do ano, a atividade cresceu 6,2% e, nos últimos 12 meses, 6,7%.
Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta semana, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desaceleração em maio foi mais significativa nos confrontos com iguais períodos de 2007, uma vez que há o efeito da base de comparação elevada e a influência do calendário.
Na comparação com abril, a atividade industrial teve redução em 16 das 27 atividades pesquisadas, como veículos automotores (-5,5%) e máquinas e equipamentos (-4,7%). Já entre os 11 ramos com avanço, as principais contribuições vieram de bebidas (9,1%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%) e outros produtos químicos (3,1%).
Por categoria de uso, na base mensal, bens de capital cederam 4,9% e bens de consumo duráveis baixaram 1,3%. Bens intermediários apresentaram elevação de 0,3% e bens de consumo semi e não duráveis, ampliaram-se 1,3%, acabando por compensar o declínio de 1,1% anotado em abril.
Já na comparação com maio de 2007, 15 atividades registraram crescimento, com destaque para veículos automotores (6,5%), outros equipamentos de transportes (24,2%) e indústrias extrativas (7,2%). Do lado dos segmentos com diminuição na produção, as pressões mais expressivas partiram de fumo, que teve baixa de 21,3%, máquinas de escritório e equipamentos de informática, com retração de 9,7%, e calçados e artigos de couro, que apresentou decréscimo de 12,9%.
O IBGE ressaltou que o aumento de 2,4% na atividade industrial em maio, na comparação com igual período de 2007, foi mais modesto do que os 10% apurados em abril, quando 21 atividades registraram expansão.
O organismo apontou que, além da influência da elevada base de comparação, uma vez que a partir de maio do ano passado, a produção acentuava a sua trajetória ascendente, maio de 2008 teve menos 2 dias trabalhados (20) que maio de 2007 (22).
Respeitando o comparativo anual, bens de capital subiram 5,8%, bens intermediários cresceram 2,3% e bens de consumo duráveis ampliaram-se 6%. Bens semi e não duráveis apresentaram, contudo, pequena baixa, de 0,1%.
De janeiro a maio, 20 das 27 atividades analisadas mostraram avanço. O IBGE destaca o desempenho de veículos automotores (18,2%), máquinas e equipamentos (10,4%), outros equipamentos de transporte (31,9%) e metalurgia básica (7,1%).
sábado, 5 de julho de 2008
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