terça-feira, 1 de abril de 2008

Produção Industrial

A produção industrial do País recuou 0,5% em fevereiro, em comparação com o mês anterior, descontadas as influências sazonais, após registrar aumento de 1,7% em janeiro frente a dezembro, de acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira, 1°, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE).

Entretanto, em relação a fevereiro de 2007, o indicador avançou 9,7%, vigésimo mês consecutivo de taxas positivas, e acumulou expansão de 9,2% no primeiro bimestre de 2008, em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, avançou 6,9% e manteve a trajetória de crescimento verificada desde abril de 2007.

Os números estão de acordo com as expectativas do mercado, embora a produção industrial de fevereiro tenha ficado 1,5% abaixo do recorde atingido em outubro do ano passado (3,4%).

A previsão dos analistas era de uma queda entre 0,4% e 0,6%, na comparação com janeiro e de aumento superior a 9% ante o mesmo mês do ano passado.

Mesmo com o recuo, o crescimento acumulado de 9,2% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado, foi o maior para um primeiro bimestre, desde a expansão de 10,3% registrada em 2000.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a produção industrial acumula alta de 6,9% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado é o maior desde os 7,2% de maio de 2005.

O grande destaque negativo da produção industrial, em fevereiro, foi o setor farmacêutico (-33,2%), resultado que reflete os efeitos de uma paralisação técnica em importante empresa do setor.

Também houve impactos negativos na produção industrial de fevereiro, vindos do setor de alimentos, que recuou 1,8%, após acumular 5,9% de crescimento nos dois meses anteriores, seguido por bebidas (-3,4%).

Entre as atividades com acréscimo, destacaram-se material eletrônico e equipamentos de comunicações (14,7%), compensando a queda de 12,6% registrada no mês anterior, máquinas e equipamentos (2,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (1,2%).

Ainda na comparação com o mês anterior, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-3,9%) registrou a queda mais acentuada entre as categorias de uso, após aumento de 2,6% no mês de janeiro.

A produção de bens intermediários apresentou uma virtual estabilidade (-0,2%), após dois meses de resultados positivos, quando acumulou 2,4% de expansão. Já o setor de bens de consumo duráveis avançou 0,9%.

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