quarta-feira, 2 de abril de 2008

Híbrido

Cientistas da Universidade britânica de New Castle anunciaram, na terça-feira, 1°, a criação do primeiro embrião híbrido, desenvolvido a partir de DNA humano, introduzido em um óvulo de vaca, no Reino Unido.

O País vive um intenso debate sobre a questão, que será discutida no Parlamento inglês, no mês que vem, durante a votação da lei que regulamenta estas pesquisas.

O trabalho com as chamadas quimeras é permitido no Reino Unido desde o ano passado, mas é necessária uma autorização do órgão responsável.

Os pesquisadores da Universidade de New Castle, liderados por Lyle Armstrong, foram os primeiras a conseguir a aprovação de suas pesquisas, junto com o grupo da King's College London.

Cientistas afirmam que os embriões híbridos oferecem uma importante oportunidade para produzir células-tronco, usadas em estudos e destruídas em seguida.

A Igreja Católica se opõe a este tipo de pesquisa, porque considera um ataque contra os direitos humanos, que pode gerar aberrações.

Devido às pressões no Reino Unido, um dos pioneiros nas pesquisas deste tipo, o Primeiro-Ministro britânico, Gordon Brown, se viu obrigado a conceder a liberdade de voto aos deputados trabalhistas, nos aspectos mais polêmicos do projeto de lei que regulará a criação de embriões híbridos.

Os cientistas, que usam as quimeras para pesquisas sobre diversas doenças, afirmam que elas compensariam a atual escassez de doações de óvulos humanos, disponíveis para uso em estudos.

Em sua pesquisa, os cientistas da Universidade de New Castle usaram óvulos de vaca pela falta de óvulos humanos. Os embriões, criados a partir da introdução de material genético humano em óvulos de vaca, cujo núcleo foi retirado, sobreviveram por até três dias.

Após este primeiro passo, a equipe de cientistas tentará, agora, fazer com que este tipo de embrião sobreviva, aproximadamente, seis dias, para poder extrair, então, células-tronco que possam ser usadas para pesquisar tratamentos de doenças.

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