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Este órgão responderá às necessidades de pacientes que sofreram infarto agudo e que não têm acesso a um coração humano, assegurou o professor Alain Carpentier, médico do Hospital Georges Pompidou, de Paris, e Diretor do Projeto.
O coração artificial foi testado com sucesso em animais, em especial nas vacas, e em laboratório. Mas os testes em humanos não começarão tão cedo.
Isso levará uns dois anos, contando todo o processo técnico e a burocracia, afirmou o professor Philippe Pouletty.
O novo coração resolve os principais problemas enfrentados por pacientes que usam próteses artificiais. Ao entrar em contato com materiais artificiais, o sangue cria coágulos que multiplicam os riscos de acidentes cardiovasculares.
Os materiais biológicos utilizados neste coração são hemocompatíveis, o que limita os riscos de coagulação, disse Carpentier.
Poluetty afirmou que o material orgânico utilizado é de origem animal, similar ao usado na fabricação de válvulas cardíacas. Por outro lado, os antecessores das próteses não regulavam de forma automática a atividade cardíaca, sujeita a mudanças em função da atividade do paciente.
O novo coração foi apresentado depois de 15 anos de trabalhos, que aconteceram em segredo absoluto.
A gente não queria dar falsas esperanças aos pacientes até que estivéssemos seguros de que havia chances de funcionar, afirmou Poluetty.
Mais sobre este assunto, Agência O Globo, 27/10/2008.
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