quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Redução

Balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que, apesar de o número de mortes nas estradas continuar caindo, após quatro meses de vigência da Lei Seca, o ritmo da queda está cada vez mais lento.

Nas férias de julho, primeiro mês de vigência da Lei, as mortes haviam caído 14,5% em comparação com 2007. No bimestre Julho/Agosto, a redução foi para 12,7%. O trimestre Julho/Agosto/Setembro apontou diminuição de 6,1%. E na atual contabilização, o quadrimestre Julho a Outubro indica baixa de 5%.

Entre 20 de junho e 20 de outubro deste ano, a PRF computou 45.080 acidentes ( 10%), com 2.254 mortos (- 5%) e 25.392 feridos ( 1,8%). No mesmo período de 2007, foram 40.991 acidentes, 2.372 mortes e 24.934 feridos. O número de ocorrências com mortos caiu de 1.925 em 2007 para 1.819 (- 5,5%) em 2008.

Mesmo passados quatro meses do início da Lei 11.705, cerca de 20 condutores ainda são presos diariamente, por estarem com quantidade de álcool no sangue acima do tolerado. Em 120 dias, foram 3.655 reprovações no teste do bafômetro, mais de 30 por dia.

De acordo com a PRF, os índices de redução de mortes mostram que a expressiva queda observada nos primeiros momentos da Lei, foi favorecida pelo envolvimento de milhões de motoristas que pararam voluntariamente de beber, por força da conscientização e do temor da fiscalização. Contudo, muitos condutores que colaboraram no início, estão retomando o hábito de dirigir alcoolizados, e apostam nas deficiências da fiscalização, sobretudo no interior do País, para não serem punidos.

Atento às distintas realidades entre órgãos de trânsito em todo Brasil, especialmente nas estruturas estaduais de fiscalização, o Governo Federal anunciou a aquisição de 10 mil etilômetros, ao custo de R$ 70 milhões, que serão distribuídos nacionalmente.

A intenção, segundo o Ministério da Justiça (MJ), é incentivar os estados a adotar a compra de bafômetros como política pública, exigindo a aquisição como contrapartida à liberação de recursos.

Mais sobre este assunto, consulte a Agência O Globo, 21/10/2008.

Nenhum comentário: