Entraram em vigor nesta sexta-feira, 2, os reajustes de 10% para o preço da gasolina e de 15% para o valor do diesel nas refinarias, os primeiros aumentos dos combustíveis no Brasil desde setembro de 2005.
"Esse reajuste foi definido pela Companhia levando em consideração um novo patamar internacional de preço do petróleo, em uma perspectiva de médio e longo prazos, e está em linha com as premissas definidas no Plano Estratégico da Petrobras de manter parametrizados os preços dos derivados ao mercado internacional", disse, em nota, a Petrobras, ao anunciar o aumento.
Entretanto, ao autorizar os reajustes, o Governo deixou claro à Petrobras que não deseja mais qualquer aumento dos combustíveis este ano, e comunicou seu esforço para que a alta não chegue aos postos de gasolina.
Logo após o anúncio da Petrobras, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou em Brasília que o Governo decidiu diminuir a taxação sobre os combustíveis, no caso por meio da redução dos valores da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que são adicionados aos preços dos combustíveis comercializados no Brasil.
A Cide é uma tarifa criada originalmente para levantar recursos para a recuperação de estradas.
A assessoria da Petrobras informou que a redução da taxa já havia sido discutida na ocasião do reajuste anterior dos combustíveis, em 2005, mas que na época a idéia não vingou. No caso da gasolina, a Cide vai cair dos atuais 28 centavos de real por litro para 18 centavos por litro. No diesel, a redução vai ser dos atuais 7 centavos para 3 centavos por litro.
Segundo o Ministro, o Governo vai perder um valor anual de 2,5 a 3 bilhões de reais em arrecadação com a queda no valor da Cide. Ele afirmou que com a mudança na taxa, o impacto do aumento nos combustíveis para a inflação vai ser de apenas 0,015 ponto percentual.
sábado, 3 de maio de 2008
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