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"Esse reajuste foi definido pela Companhia levando em consideração um novo patamar internacional de preço do petróleo, em uma perspectiva de médio e longo prazos, e está em linha com as premissas definidas no Plano Estratégico da Petrobras de manter parametrizados os preços dos derivados ao mercado internacional", disse, em nota, a Petrobras, ao anunciar o aumento.
Entretanto, ao autorizar os reajustes, o Governo deixou claro à Petrobras que não deseja mais qualquer aumento dos combustíveis este ano, e comunicou seu esforço para que a alta não chegue aos postos de gasolina.
Logo após o anúncio da Petrobras, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou em Brasília que o Governo decidiu diminuir a taxação sobre os combustíveis, no caso por meio da redução dos valores da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que são adicionados aos preços dos combustíveis comercializados no Brasil.
A Cide é uma tarifa criada originalmente para levantar recursos para a recuperação de estradas.
A assessoria da Petrobras informou que a redução da taxa já havia sido discutida na ocasião do reajuste anterior dos combustíveis, em 2005, mas que na época a idéia não vingou. No caso da gasolina, a Cide vai cair dos atuais 28 centavos de real por litro para 18 centavos por litro. No diesel, a redução vai ser dos atuais 7 centavos para 3 centavos por litro.
Segundo o Ministro, o Governo vai perder um valor anual de 2,5 a 3 bilhões de reais em arrecadação com a queda no valor da Cide. Ele afirmou que com a mudança na taxa, o impacto do aumento nos combustíveis para a inflação vai ser de apenas 0,015 ponto percentual.
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