As desigualdades econômicas pesam mais no acesso à educação do que as disparidades regionais e raciais.
É o que mostra estudo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que comparou dados de escolarização no Brasil. A maior diferença foi observada em jovens de 15 a 17 anos, matriculados no ciclo médio. Entre os 20% mais ricos da população, 77,2% freqüentavam o ensino médio. Na faixa dos 20% mais pobres, só 24,5%, uma distância de 52 pontos percentuais.
Os dados originais são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles foram incluídos no Relatório de Monitoramento de Educação para Todos (EPT), divulgado esta semana pela Unesco.
A escolarização nas diferentes regiões do País apresenta desníveis, mas em escala menor. No Sudeste, 57,7% dos jovens de 15 a 17 anos estavam no ensino médio - maior média regional -, contra 33% no Nordeste, a mais baixa. Ou seja, uma distância de 24 pontos percentuais. Na comparação entre áreas urbanas metropolitanas e rurais, a diferença ficava em 28 pontos e, entre brancos e negros, em 20.
De acordo com o Relatório da Unesco, o Brasil está entre os 53 países que ainda não atingiram e não estão perto de atingir as metas do Educação para Todos (EPT) até 2015, prazo acordado na Conferência Mundial de Educação em Dacar, Senegal, em 2000, que reuniu 164 países.
No que refere à situação da educação básica, o País ocupa a 76ª posição entre os 129 países avaliados.
É preciso enfrentar as desigualdades em um ritmo mais acelerado e mobilizar também a sociedade.
sábado, 3 de maio de 2008
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