quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Pílula única

O Brasil está desenvolvendo uma pílula única, que combina três drogas já existentes e produzidas no País, para o tratamento de pacientes infectados pelo HIV, vírus causador da Aids.

A dose fixa combinada, como é chamada, está entrando na fase final de testes e estará disponível no mercado até o fim de 2008. Segundo Orival Silveira, chefe da unidade de assistência e tratamento do Programa Nacional de DST e Aids, a ingestão de um único comprimido por dia facilita a adesão ao tratamento.

Nos últimos anos, o número de pílulas do chamado coquetel anti-Aids tem sido reduzido. Ainda assim, não é fácil para os pacientes seguir o tratamento contra o HIV. Quando os remédios foram lançados, em 1996, pacientes infectados tinham que ingerir até 30 comprimidos com o estômago vazio em diferentes horários ao longo do dia. Atualmente, 17 drogas compõem o chamado coquetel anti-Aids, sendo oito de fabricação nacional e nove importadas.

Atualmente, 180 mil pacientes estão em tratamento no Brasil. A maior parte do orçamento do Programa Nacional de DST e Aids é usada na compra de medicamentos. O Ministério da Saúde oferece acesso universal e gratuito ao tratamento da Aids.

Já o medicamento Atripla, aprovado esta semana pela Comissão Européia, não teria como ser produzido no Brasil. O comprimido, que reúne as substâncias efavirenz, tenofovir e emtricitabina, foi licenciado nos Estados Unidos em julho do ano passado, e agora foi dado a metade dos pacientes recém-diagnosticados no País.

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