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O paraíso brasileiro, que guarda grandes riquezas naturais, mananciais e florestas exuberantes, não está a salvo. Antes, por desinformação, agora, por ganância e impunidade.
Temos feito uso perdulário de nossos maiores tesouros ambientais. E se a degradação decorre da pobreza, a pobreza também decorre da degradação. Quanto mais se destrói o meio ambiente, menos chances se têm de inclusão.
Sabemos o quanto é difícil romper o círculo vicioso, na busca do equilíbrio entre desenvolvimento e preservação. Não há dúvida de que é preciso crescer, criar infra-estrutura, produzir alimentos, gerar empregos, promover novas oportunidades para os menos favorecidos; mas é inquestionável, também, que o desenvolvimento não se sustenta, se exaurimos as terras e as águas. As riquezas, por muito grandes que sejam, são finitas. Requerem uso metódico e consciente.
Estamos nos condenando à mesma crise a que foram condenadas nações econômica e socialmente menos vulneráveis. Estamos enfraquecendo o nosso diferencial estratégico de nação rica em reservas, possuidora de uma natureza prodigiosa.
Estamos comprometendo o nosso próprio futuro.
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