Será realizada hoje (17), às 14h30, na Comissão de Defesa do Consumidor, audiência pública requerida por mim para discutir a compra da Serasa, Empresa Brasileira de Informação de Crédito pelo Experian Group Ltda. Foram convidados para falar sobre a negociação o presidente da Serasa, Élcio Aníbal Lucca, e o presidente da Experian Brasil Ltda, Rich Gallagher.
Requeri essa audiência para esclarecer o porquê da venda da Serasa pelos bancos Itaú, Unibanco e Bradesco. A venda da empresa ao grupo irlandês de análise de crédito Experian foi efetivada em julho passado. Segundo os comunicados, o Experian pagou R$ 925,78 por cada ação da Serasa. A compra de 65% do controle da Serasa foi efetivada por US$ 1,2 bilhão – cerca de R$ 2,32 bilhões.
A concretização deste negócio deixa inquieta toda a população brasileira. A Serasa é uma das oito empresas certificadas pelo Instituto de Tecnologia da Informação (ITI) para ser uma Autoridade Certificadora (AC).
Além de ser responsável pelo fornecimento de certificados digitais para quase todos os grupos financeiros participantes do Sistema de Pagamentos Brasileiros (SBP), a Serasa detém a maior base de análise de crédito do Brasil. Responde, atualmente, por 60% do mercado de crédito no Brasil, tem mais de 300 mil clientes diretos e indiretos e atende, hoje, cerca de 3,5 milhões de consultas diárias.
Não podemos deixar de discutir esse assunto que transfere o comando da base de dados da maior empresa de análise de créditos do Brasil para a tutela de um grupo estrangeiro.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
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