quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Honduras

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos de Honduras, Ramón Custodio, afirmou nesta quinta-feira, 1°, que, se houver qualquer violência contra o povo hondurenho motivada pela presença de Manuel Zelaya na embaixada brasileira, ele irá às cortes internacionais contra o presidente Lula, responsabilizando-o por "qualquer derramamento de sangue ou morte" que venha a ocorrer.

Custodio, no entanto, minimizou o episódio sobre a presença de gás lacrimogêneo na embaixada, dizendo que o prédio não foi atacado diretamente, mas que a embaixada foi atingida pelo gás solto na rua para dispersar uma manifestação. A pessoa que morreu no confronto, segundo ele, estava nas proximidades da embaixada e era asmática.

Ramón Custodio disse que durante o processo de escolha dos 15 integrantes da Suprema Corte hondurenha, ele foi procurado pelo embaixador americano em Tegucigalpa, que o avisou que haveria risco de golpe de estado se Zelaya não tivesse um representante na Suprema Corte.

O processo de escolha dos ministros da Suprema Corte é diferente do usado para escolher os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Lá todos os ministros são eleitos pelos parlamentares, a partir da indicação de entidades civis e de classe. Não está prevista na Constituição nem a presença nem a indicação de representante do Governo na Suprema Corte.

Custodio ressaltou que o golpe não seria patrocinado pelos Estados Unidos.

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