Na última década, o Brasil virou o maior exportador de carne do planeta. Essa conquista deve-se, em grande parte, aos investimentos feitos pelo governo e pelos criadores de gado na melhoria genética do rebanho e fiscalização sanitária. Não podemos esquecer que a crise da “vaca louca”, doença que arrasou com o rebanho britânico nos anos noventa, contribuiu para aumentar a desconfiança em relação ao gado europeu.
Mas agora o Brasil está jogando essa vitória fora. A falta de fiscalização permitiu nos últimos anos o retorno da febre aftosa no Mato Grosso e no Paraná. O pior é que o governo brasileiro cedeu a pressão da União Européia e reduziu a lista de fazendas consideradas aptas para exportar carne bovina. Do total de 2.681 propriedades, apenas 600 serão mantidas. O Ministério da Agricultura ainda autorizou veterinários europeus a fazer inspeções de surpresa em fazendas brasileiras.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reconheceu "deficiências burocráticas", como a ausência de documentos sobre a importação de animais, a inexistência de notas fiscais e a falta do número do CPF dos donos de alguns rebanhos.
Ora, ora... Se as fazendas brasileiras não têm qualidade sanitária e não servem para os consumidores europeus, por que servirão para os brasileiros? Por outro lado, se os problemas são apenas "burocráticos", para que ceder?
O protecionismo europeu não vai parar por aí. Já já vão proibir o frango brasileiro, depois as nossas frutas....
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
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