Preocupante a matéria publicada na Folha de S. Paulo desta segunda-feira sobre a relação do sistema previdenciário brasileiro e a pobreza no País, a partir de um estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Comparado com Argentina, México, Peru, Costa Rica e Bolívia, o Brasil é o país com maior cobertura previdenciária na população com mais de 65 anos de idade e onde os benefícios são mais representativos na renda total dos idosos.
Um ponto importante revelado pela pesquisa é que sem esses ganhos, a taxa de pobreza urbana nessa faixa etária saltaria dos atuais 3,7% - o menor percentual entre os comparados - para 47,2%, o que a colocaria como a pior. Isso teria impacto também na taxa de pobreza de toda a população urbana, que passaria de 14,8% para 24,9%.
Uma reforma previdenciária é necessária. Temos que encontrar uma equação que viabilize nossa previdência. Sabemos que a demanda por benefícios da seguridade social tende a crescer no médio prazo e, sem mudanças no sistema, o desequilíbrio financeiro da Previdência Social ficará ainda maior.
Uma solução é aumentar a proporção da população economicamente ativa que contribui para o sistema, que hoje é de menos da metade (47,4%). O Governo tem que criar mecanismos de incentivo para a contratação formal de novos trabalhadores.
Defendo, também, mais incentivos para que o trabalhador continue na ativa o maior tempo possível, sem aumentar a idade mínima para a aposentadoria. Com o aumento da expectativa de vida, aos 70 anos muita gente ainda tem bastante capacidade produtiva.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
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