sábado, 9 de junho de 2007

A construção de uma escola de agricultura ecológica

Nesta terça-feira (12), tenho uma audiência marcada com o ministro da Educação, Fernando Haddad. O assunto é de grande importância, principalmente para os moradores região do Vale do Curu e Serra da Uruburetama. Juntamente com o prefeito Antônio Brito, de Umirim, defenderei a implantação da Escola Federal de Agricultura Ecológica de Umirim. A iniciativa engloba 17 municípios cearenses e trará benefícios substanciais para aquela região do semi-árido nordestino.

A implantação de uma escola agrotécnica na região justifica-se. O território tem uma população de quase 500 mil habitantes, sendo que a população rural corresponde a 55% de todo universo populacional. Os estabelecimentos de agricultura familiar compreendem 74% do total. A atividade agrícola tem influência decisiva na economia, destacando-se as culturas do caju, milho, feijão, mandioca e coco. São 71 áreas de assentamento da reforma agrária, congregando 168 famílias assentadas.

Cerca de 30% da população territorial são jovens na faixa de 15 a 25 anos de idade. E não há na região nenhuma escola de formação profissional direcionada à dinamização da economia agrícola. As escolas de ensino profissionalizante rural mais próximas estão situadas nos municípios de Iguatu e Crato, a uma distância média de 500 km e 637 km de Umirim, respectivamente.

Isso sem falar que já existe no município uma estrutura física originalmente projetada para abrigar uma escola agrícola, ocupando mais de 50 hectares que, por mudanças anteriores na legislação, foi subutilizada.

Queremos, agora, colocar em prática esta idéia. É importante que se formem técnicos agrícolas capazes de produzir e apoiar tecnicamente os demais produtores. A escola será o coroamento das ações de capacitação dos jovens rurais, tornando-os multiplicadores de sistemas agroecológicos de produção e agentes de desenvolvimento.

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