O presidente da Gol, Constantino de Oliveira, afirmou que o sistema de controle de tráfego aéreo brasileiro é seguro e está na categoria 1 na avaliação do órgão regulador da segurança aérea dos Estados Unidos. Ele está sendo ouvido neste momento pela CPI da Crise Aérea. Oliveira considera o sistema modelo em termos de cobertura do espaço aéreo e na relação custo-benefício. A Gol opera atualmente 600 vôos diários em todo o território nacional.
Constantino admite que o sistema não é infalível e que exige treinamento e atenção dos responsáveis pelo trabalho de controle. Ele lembrou, no entanto, que, até o outubro do ano passado (mês seguinte ao do acidente com o Boeing da Gol), o sistema funcionava sem problemas. Ele afirmou que desconhece as causas da crise que persiste até hoje.
No caso dos atrasos nos aeroportos, o presidente da Gol afirmou que o crescimento do mercado na aviação civil provocou "gargalos" em alguns aeroportos, como o de Congonhas, em São Paulo. De maneira geral, no entanto, ele considera a estrutura dos aeroportos brasileiros adequada, mas adverte que serão necessários investimentos na construção de novos terminais e pistas no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, para evitar que se repitam os problemas de Congonhas.
Ele lembrou que a redução de até 50% nos preços das passagens nos últimos anos provocou o crescimento do mercado e isso exige agilidade da Infraero para garantir o correspondente investimento em infra-estrutura. Do contrário, em sua avaliação, em quatro ou cinco anos, haverá novos "gargalos" nos aeroportos brasileiros.
O presidente da Gol ainda defendeu maior integração na comunicação entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Infraero e as companhias aéreas. Ele afirmou que os atrasos nos vôos envolvem muitas variáveis e, em alguns casos, as empresas não são informadas dos motivos para o cancelamento ou adiamento de decolagens, por exemplo. Essa falta de comunicação impede que as companhias informem os passageiros sobre os motivos dos atrasos.
Ele informou que cada avião da Gol faz 11 trechos por dia, em um período de 14 horas. Qualquer atraso em um dos trechos, segundo o presidente da empresa, provoca um efeito dominó. Sobre o atendimento nos aeroportos, Constantino Oliveira ainda lembrou que a empresa tem hoje 10.200 funcionários, dos quais 3.700 operam nos aeroportos.
Reportagem - Geórgia Moraes/Rádio Câmara
Edição - Paulo Cesar Santos
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário